21/01/2010

E as coisas foram acontecendo assim, como num roteiro muito bem planejado. Seus olhares eram silenciosos, mas eloqüentes, como se houvesse ali uma legenda que expressasse seus pensamentos. Sorrisos, lágrimas e os dois ao mesmo tempo eram tão freqüentes que em mais de uma situação ficava impossível determinar se o final daquela história seria trágico ou feliz. Ele sempre estava lá, exatamente na hora em que ela estava lá também. Seus diálogos eram embalados por música. Ela estava sempre bonita. Seu primeiro beijo foi em um pôr do sol chuvoso, em uma marquise rodeada por flores, ao som de um hit romântico dos anos 80. Quando o sol pôs-se totalmente no horizonte, fogos de artifício iluminavam o céu. E os acontecimentos tomaram o rumo esperado. E quando aquela voz masculina aveludada anunciou o sonho "E viveram felizes para sempre", e os créditos começaram a subir, eu perguntei ao Diretor Divino o porquê de não poder ser sempre assim. E quase pude ouvir Ele responder: "Que graça teria se todos os atores estrelassem a mesma história?". É, o Diretor divino é cheio de graça. Nos dois sentidos.

Doroth Nogueira.

2 comentários:

doth disse...

Mariana! que honra! que coisa mais linda! o blog todo, amei! amei ver meu texto aqui também, pode contar comigo sempre que quiser. vamos nos dar muitoooo bem!

doth disse...

posso copiar, com os devidos créditos, é claro, o texto "Longa estrada"? tem muitooo a ver comigo! :)