20/01/2010

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Não conseguia dormir,
sozinha na última madrugada.
Peguei papel, escrevi:
Os ares da noite me deixam inspirada.
Na cama de colchão frio,
só tive o cachorro para detrás das orelhas afagar.
No meu coração vazio,
nenhum ombro largo,
nenhum peito aberto onde me instalar.
Sei que não vale a pena,
fidelidade é um conto de fadas...
mas se tiver que ir, me atiro
de braços abertos e mãos desarmadas.

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